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Mostrando postagens de julho, 2010

Contextualização da Orestéia: Sobre a Guerra de Tróia, o Sacrifício de Ifigênia e a Maldição de Cassandra

Concentrar-nos-emos, aqui, em desenvolver um breve relado do corpo mítico e épico que embasa tanto a produção da Orestéia de Ésquilo, quanto o pano de fundo compartilhado por seus contemporâneos e pela sua audiência. Para esta produção, nos concentraremos – dentre as diversas narrativas míticas que embasam a obra de Ésquilo – naquelas a respeito da Guerra de Tróia, juntamente com o Sacrifício de Ifigênia e a Maldição de Cassandra. Ainda sim será um relato breve e tendo em vista as circunstâncias míticas que têm influência mais direta na peça. Esta escolha tem em vista a essencialidade da matéria para a compreensão da primeira peça da trilogia, Agamêmnon . Na introdução, falar-se-á resumidamente da influência do mito e do épico no desenvolvimento do enredo da tragédia ática. Em seguida veremos versões míticas da (1) Guerra de Tróia; do (2) Sacrifício de Ifigênia; e da (3) Maldição de Cassandra e algumas passagens correspondentes da Orestéia. A tradição dramát

MacIntyre - Depois da Virtude. Cap. 11 p. 225-247

MACINTYRE, Alasdair. Depois da Virtude. Trad. Jussara Simões. Bauru/SP: EDYSC, 2001, p. 225-247. Capítulo 11 – As virtudes em Atenas. Resumo: Trata especialmente da influência das concepções homéricas sobre as sociedades clássicas – precisamente a Atenas do século V – concentrando o debate na noção de virtudes. A herança épica e sua coexistência conflituosa com as novas formas clássicas de vida são parte essencial da própria democracia ateniense. É demonstrada a inconsistência [1] do vocabulário clássico para explicar as virtudes, bem como algumas causas do conflito, que perpassa desde as alterações institucionais às compreensões diversas do que é a vida humana. Para ressaltar as contraposições conceituais, relaciona de forma sintética as distintas concepções dos sofistas, de Platão e do gênero trágico (principalmente em Sófocles). Resumo Analítico/Esquema: As sociedades heróicas dos épicos homéricos ou das sagas islandesas e irlandesas, independente de sua

MacIntyre - Depois da Virtude. Cap. 10 p. 209-224

MACINTYRE, Alasdair. Depois da Virtude. Trad. Jussara Simões. Bauru/SP: EDUSC, 2001, p. 209-224. Capítulo 10 – As virtudes nas sociedades heróicas. Resumo: Aborda a influência das estruturas morais das narrativas heróicas sobre a sociedade moderna. Para isso trata da influência do épico e da saga sobre as sociedades posteriores, as características das sociedades heróicas e a relação que seus indivíduos tinham com as virtudes, considerando a indissociabilidade entre qualidades necessárias ao exercício de um papel e a própria estrutura social. Explora também a forma como as personagens heróicas percebem a si próprias e a condição humana, o mundo e a realidade em que vivem, as relações sociais, papéis e responsabilidades, bem como a relação com forças independentes e para além de seu controle, tais como o destino e a morte. Ao final, conclui que a compreensão das sociedades heróicas é parte da compreensão da própria sociedade moderna, havendo que examinar os estágios intermediári